Gosto muito da série Harry Potter, e admiro a forma como Joanne Rowling conseguiu transformar uma historinha infantil em uma série sobre política. Ou vocês acham que ela não está falando de política ao criticar diversas formas de discriminação, escravidão, restrição à liberdade de expressão e de imprensa? E ela ainda reforça valores importantes ao tratar a tortura, a interferência na liberdade da outra pessoa e a pena de morte como ações imperdoáveis.
As personagens mulheres são maravilhosas, ativas, e com personalidades bastante diferentes. Particularmente, adoro a Hermione Granger: é inteligente, estudiosa, e não tem vergonha de participar nas aulas e mostrar que sabe a matéria. Espero que ela tenha inspirado mais meninas a se manifestarem nas aulas e não terem vergonha de gostarem de estudar. Precisamos lembrar que mulheres só tiveram direito à alfabetização e acesso aos estudos em tempos bastante recentes, e que ainda somos discriminadas em diversas áreas – portanto, valorizar o estudo feminino nunca é exagero.
Lembro que quando saiu o último livro, várias pessoas ficaram indignadas por Hermione ter um “final feliz”, se casando com Ron Weasley. Já ouvi várias coisas: que ela é inteligente demais pra ele, que ele é um idiota, que ela deveria ficar com Harry, que ela é nerd demais pra se casar. Podemos até chamar essa discussão de “dilema de Hermione”. Não porque ela tenha dúvidas, mas porque nós, fofoqueir@s de plantão, temos dúvidas por ela.
Indo para além da antipatia por Ron (que considero injusta), são bastante interessantes os comentários sobre o que deveria ser a vida afetiva de Hermione. Eles mostram que, embora cada vez mais mulheres estejam tendo acesso a altos estudos, na hora dos relacionamentos afetivos o estudo interfere contra a mulher. De certa forma, estamos repetindo velhos preconceitos machistas, que opõem a inteligência e os estudos das mulheres à satisfação emocional.
Em um mundo machista, o homem ocupar posição inferior à da mulher é uma tragédia. Não à toa, a maioria dos ditos populares sobre mulheres afirma que a esposa deve ser menos que o marido em termos de idade, altura, dinheiro e… inteligência. Afinal, a mulher inteligente não será boa esposa, pois terá habilidade suficiente para desafiar e mandar no marido.
Seguindo essa linha de raciocínio, parece que a pergunta de fundo sobre o dilema de Hermione é outra: quem será o homem que terá a infelicidade de ser dominado intelectualmente pela esposa? Será que ele tem fama ou riqueza que possam fazer contraponto à inteligência dela? Ou será um relacionamento desigual, em desfavor dele?
Pelo menos nos livros, todos os personagens admiram e respeitam a inteligência de Hermione, e não há problema com quem ela escolhe para se relacionar. Ao final, ela escolhe Ron, e o máximo que ele tem a oferecer ao casamento é pertencer a uma família de sangue puro – o que, nas circunstâncias do final da série de livros, não tem importância alguma.
Pela ótica machista, o relacionamento entre Ron e Hermione é desigual, e ele está se rebaixando em relação a ela (mais pobre, menos inteligente, menos famoso). Porém, estamos julgando os livros repetindo os velhos padrões machistas, negando a possibilidade de um casamento “desigual” quando a mulher está em posição superior à do marido. E estamos negando a uma mulher o direito de ter vida afetiva quando é inteligente e gosta de estudar. E estamos negando a um homem não tão inteligente quanto a namorada o direito de se casar com ela sem ser xingado ou perder status por isso.
O dilema de Hermione, na verdade, é o dilema de qualquer mulher minimamente inteligente nos dias atuais. Ela é cobrada incessantemente: negam a ela o direito a vida afetiva, ou defendem a sua solidão até que encontre o parceiro “perfeito”, que necessariamente deverá ser mais que ela. Com isso, forçamos as mulheres a escolher entre estudar e cultivar a inteligência, ou ter vida afetiva. Essas não são situações opostas, e não deveriam ser tratadas dessa forma, pois limitam as possibilidades de felicidade das mulheres.
Exatamente o que estava pensando depois que assisti o filme e minha afilhada ficou dizendo que a Hermione merecia “alguém melhor” que o Rony. Tentei explicar para que entendesse que a Hermione, poderia escolher quem quisesse para amar, ou casar.
Adorei a forma didática do texto.
Bem analisado está questão da Hermione. E o Rony é demais, é o amigo ou companheiro que tod@s gostariam de ter, tem um grande coração e compra briga por vc.
Oi, Cynthia
É a primeira vez que comento no seu blog e adorei este post. Eu também sempre
achei que a birra contra o Ron era injustiçada, mas nunca tinha pensado sob essa
perspectiva. Mas faz todo sentido, né? Sempre esperamos que o homem seja mais
e melhor que a mulher.
Tem uma coisa que eu acho ótima nos livros da J.K. Rowling é que muitas vezes a
mulher é a mais velha da relação. A Hermione é mais velha que o Ron e o Harry,
ela entrou em Hogwarts no mesmo mês em que faria 12 anos, enquanto o Harry
tinha acabado de fazer onze. Da mesma forma que a mãe do Harry também era
mais velha que o pai dele.
Acho estranho esse “mais que”, quando na verdade, a meu ver, a busca “correta” (se é que há uma) é um parceiro que dê equilíbrio. Ela é independente. Ela não “tem que” nada.
E é muito engraçado dizer que ele é “menos” que ela, os conceitos utilizados pra chegar a essa conclusão (aliás, é sempre interessante olhar para os valores de quem faz esse tipo de pergunta).
Porque ele não é intelectualmente brilhante, mas grande parte da população também não é. E tem grandes qualidades.
Além da lealdade do Rony, que é indiscutível ( e importantíssima num casal), ao longo do tempo, Rony foi desabrochando. Não, ele não é inteligente como ela. Mas pouquíssimas pessoas são. E talvez ela não precise de um companheiro tão inteligente quanto ela – o que não signifique que ele seja burro. É bonito ver, sobretudo no último livro, como a admiração dela por ele cresceu, inclusive intelectualmente. Quando ele tinha sacadas boas e ela dizia “brilliant” com aquele “uau, ele é demais”, que também é legal.
Adorei o post.
Olá, Cynthia.
Outro dia fui criticada por adorar Harry Potter sendo feminista, em especial por torcer para que Hermione ficasse com Rony porque, disseram, uma feminista não pode achar que uma personagem feminista possa ser feliz casando…
Uma coisa que a JK fez que adorei também foi fazer a mãe/esposa/donadecasa Weasley tivesse um confronto de morte com a megavilã Bellatrix e saísse vitoriosa.
E ainda temos a Luna, quer alguém mais maravilhosa?
Ou seja, o livro é cheio de personagens feministas, e até mesmo há feminismo em Hogwarts, já que todos são tratados sem sexismo na escola (vide quadribol, torneio quadribruxo). Até com personagens femininos estereótipos, a JK fez bem, pois elas são ridicularizadas como a garota apaixonada pelo Rony em Príncipe Mestiço.
Enfim, excelente post! Mostrou didaticamente a questão da Hermione.
Oii.
Gostei muito do seu ponto de vista sobre a situação.
Bom, o que você argumenta é a ainda muito do que se passa hoje em dia realmente… Aquela velha lei de exclusão: sucesso na vida acadêmica ou profissional? Ou sucesso na vida afetiva?
Bem, eu acho que uma coisa não deve excluir a outra, eu gostei de como a J K Rowling desenvolveu o lado humano da Hermione, mostrando que apesar de ela ter anseios quanto aos estudos, ela também tinha pretensões emocionais.
Enfim, achei legal a escolha de ela ter ficado com o Ronny porque nada mais justo do que gostar de quem gosta da gente, e quando isso é possível então, é um grande acerto.
Parabéns pelo texto.
Uma boa semana pra você. 🙂
Achei o seu post em destaque nas sugestões do WordPress e gostei muito. Você sintetiza bem as ideias que eu, como feminista, tenho. Os relacionamentos não devem ser medidos por superioridade ou inferioridade das partes, e sim pelo que elas compartilham, nem que seja um cego e inocente sentimento de amor.
Eu acho que as pessoas confundem. O pensamento de que sendo feminista eu não posso me casar é uma grande bobagem. O fato de eu poder escolher me casar com quem eu quiser, com o homem que eu escolhi, e não um que minha família mandou, por exemplo, é um ato de liberdade.
Escolher um marido baseado em amor, respeito, companheirismo, uma pessoa que divida a vida com você sem reprimir, cercear ou impedir que você seja independente e inteligente é a coisa mais legal do mundo. Achar um marido que aceite sua indepêndecia financeira e ao mesmo tempo seja seu companheiro e te ajude a matar baratas nojentas é a melhor coisa do mundo. 🙂
Eu sou super fã da série Harry Potter e concordo com você quando diz que Rowling transformou a história em uma trama bem política, explorando todos esses temas (preconceito, tortura, morte, liberdade de expressão) de uma forma interessante e qualquer leitor mais esperto consegue refletir em cima disso tudo.
A Hermione é uma ótima personagem. Inclusive, ela é, pelo menos do núcleo em Hogwarts, a que mais se interessa por política. Hermione lê os jornais, tem opinião própria, consegue “ler nas entrelinhas” e tem posicionamentos bem firmes no que se refere à tortura ou a qualquer violação dos direitos humanos. Quem não se lembra da F.A.L.E, para lutar contra os elfos domésticos? Mesmo com toda a zuação dos colegas (inclusive a má vontade de Harry e Ron), ela continuou sem se abalar, lutando pelo que acreditava ser uma condição injusta.
Nesse sentido ela é muito mais madura que Harry e Ron. Quando Umbridge toma conta da escola, é ela quem tem a iniciativa de formar um grupo para lutar. Ela é uma mulher forte e inteligente, admirada pelos professores e amigos. E quem não gosta da Hermione? Gente preconceituosa, potecialmente machista.
O fato de ela ficar com o Ron é ótimo. E apesar de achar que o Ron tem características ótimas (como lealdade, coragem e senso de humor), ele é menos sim que a Hermione. Pelo menos numa idéia mais prática: ele simplesmente tem menos chances que ela. Ou alguém tem alguma dúvida de que se os dois concorressem ao mesmo emprego a Hermione não levaria o cargo?
Inclusive durante a série o Ron tem alguns comportamentos machistas, e se sente meio mal pela Hermione ser melhor do que ele. Mas à medida que ele vai amadurecenco, começa a perceber que isso é uma bobagem e passa a admirá-la abertamente. E isso faz com que seu amor por ela cresça. Aceitando o fato de que Hermione é brilhante, Ron consegue lidar melhor com seus sentimentos. E começa a ter mais auto-estima; afinal, até mesmo a brilhante Hermione poderia gostar dele, não?
Eu acho a relação dos dois ótima, pois eles são amigos verdadeiros e querem muito bem um ao outro. É algo que foi amadurecendo aos poucos. E é legal pensar que Hermione beijou o Ron justamente quando ele começou a se posicionar politicamente “E os elfos domésticos?”. Sinal de que os dois estavam prontos para enfrentar seus medos e se assumirem.
J.K.Rowling já disse que Hermione assumiria um alto cargo dentro do Ministério da Magia e que Ron, depois de ajudar Harry no Departamento de Aurores, iria sair para ajudar George na loja no Beco Diagonal. Hermione virou funcionária de alto escalão e Ron emprego do irmão mais velho. Para muita gente pode parecer estranho, mas os dois ficararam bem com isso. Porque não são machistas.
Ótimo texto!
Eu sou fã de carteirinha da série Harry Potter, li todos os livros, vim crescendo com todos eles e acho que o pessoal que critica muitas vezes não conhece os livros a fundo nem os personagens.
A Hermione é uma das meninas mais fortes da literatura e as outras mulheres, como a senhora Weasley, a professora Minerva, a Tonks, mostram a posição de destaque que elas têm no universo de magia de HP.
A Hermione é livre pra escolher quem quiser por ser uma mulher inteligente, dona de si e de seus desejos. Esse é o seu maior trunfo. Ela mostra como é possível ser bem sucedida em várias áreas e que suas escolhas são apenas suas e a sociedade não tem que interferir.
Abraço!
É interessante notar como, na série, as mulheres mais submissas estão do lado do mal. Ao contrário do filme 101 Dálmatas, por exemplo, em que a feminista é a vilã Cruela.
A posição política da Rowling também me impressionou. Essa questão de sangue puro é uma forma de criticar a monarquia e a nobreza dentro do Reino Unido. E isso, num livro para crianças. Gostei muito.
Cíntia,
ótima leitura de um dilema que mexe com várias questões cruciais para as mulheres criadas em meio ao machismo que impera nas sociedades.
Sinceramente, acho válida a análise do dilema, mas não vejo o Ronnie como inferior EM NENHUM ASPECTO. Ter menos dinheiro não é inferioridade, então nem conta. A fama do Harry não vem do mérito dele exclusivamente, então não é questão de superioridade. Tanto Harry como Ronnie viraram aurores e têm notas parecidas em quase todas as matérias. Contra Harry pesa que ele é impulsivo e inconsequente. A favor de Ronnie, tem que ele é divertido, engraçado, leve, preocupado.
Pra mim, o dilema reside no fato de como a sociedade se acha no direito de dizer quem é certo ou errado para uma mulher, seja ela mais ou menos inteligente, bela, rica, jovem. Isso sim é algo que deveria ser seriamente repensado. Porque há sempre a possibilidade remota de a gente ter o direito de escolher se casar com quem a gente AMA. Seja ele infinitamente mais velho, mais feio, mais burro e mais pobre do que nós.
Primeira visita aqui e adorei o post.
Uma coisa que fico chocada em todo esse alvoroço causado pela relação de Ron e Hermione é que considerem que bondade, caráter, honestidade, amizade, lealdade, sejam características de peso inferior à inteligência, fama, dinheiro (sem falar que Ron não é burro de forma alguma. Afinal, quem é que sempre salva o Harry, inclusive usando habilidades em xadrez?). Por isso que gosto de Harry Potter. E Shrek. Cansei de histórias de mocinhas que se casam com príncipes.
O problema é que você só se insere mais na ótica machista ao analisar a questão assim: dinheiro, fama e inteligência. Só faltou a beleza. O Rony não é rebaixado em relação à Hermione em momento algum. Ele é menos inteligente quanto à questões educacionais e menos rico, mas ele possui diversas qualidades descritas ao longo dos livros. Ele é ótimo em xadrez, como disse a pessoa acima, e isso pra mim indica mais inteligência do que decorar livros e saber repetir os feitiços. Isso é capacidade de decorar, no máximo uma memória boa. Acredito que HP é só mais um estereótipo de que o foda sempre é o homem, veja Dumbledore e HP, e a mulher é apenas muito estudiosa. É um livro simples, com uma história divertida; nada de extraordinário sobre o papel das mulheres. É um mundo dos homens, de Malfoy, Voldemort, HP, Dumbledore, como o nosso. A Hermione é uma aluna estudiosa, que teve a sorte de se relacionar com o HP. E ela se enamora com Rony, o que acontece com Rony também. Homens amam homens, mulheres, etc e vice-versa. Acho que é totalmente nonsense isso tudo que você escreveu.
[…] [Women's Services & Resources] . Casamento x inteligência feminina: o dilema de Hermione [Cynthia Semíramis] . Hermione e a subversão de padrões culturais femininos na coleção Harry Potter: […]
A interpretação é interessante, mas o texto é tendencioso. Analisando de forma mais aprofundada, ou talvez nem ir tão longe, eu entendo o motivo de pessoas com certa maturidade – e principalmente: feministas – não concordam com o que acontece com Hermione e Rony (ou seja, ficarem juntos).
A Hermione é uma mulher forte, mas ela também chora as vezes. Quem a faz chorar? Leia o primeiro livro e saberá: o Rony. Quem a faz chorar no baile, quando ela – supostamente – está maravilhosa? O Rony. Quem sempre enche o saco dela? O Rony.
Ao contrário aquilo que você diz penso que o final é patriarcal e infantil. Nossa sociedade nos leva, desde cedo, a pensar que se brigamos muito com alguém ou enchemos muito o saco de determinada pessoa é porque, “no fundo, você gosta dele/a”. Se alguém fica te chateando, cutucando, te deixando pra baixo… É porque ela gosta de você. Então é isso que vemos nos namoros: o menino sai com a namorada junto com os amigos e faz o que? A ridiculariza. E o contrário também é bem verdadeiro. Os assuntos das meninas são delas, e os assuntos deles são deles. Por isso é impossível que eles fiquem bem, por isso só é possível mostrar carinho se se maltrata o outro.
E é isso que o Rony faz. Heteronormatividade, somente. E Machista, pois se a mulher “passa por cima” das ofensas do homem por “gostar dele” isso faz dela melhor. E é o que a Hermione faz.
É engraçado ter o pensamento completmente contrário ao que você falou. Pois pra mim a Hermione ter se calado frente aos xingamentos, ofensas, a falta de carinho e de entendimento… Não acho que seja feminismo.
Mas se você reparar, no filme eles destacam (de forma meio forçada, eu achei) a inteligência do Ron. Numa cena a Hermione se espanta com uma boa idéia dele, como se antes ele fosse incapaz de ter uma (ou ela fosse incapaz de perceber).
Não sei se tem alguma relação, mas eu lembro que pensei que parecia que queriam deixá-lo mais “digno” dela mesmo.
Cara, não acho que seja pela Hermione ser mulher que a fazem escolher entre ser inteligente ou ter vida afetiva…
O preconceito aí é geral mesmo! Qual é o esteriótipo de nerds (homens)? Punheteiros sem vida social!
Ron Weasley é meu personagem favorito, sou defensora oficial dele, acho um personagem maravilhoso, com muitas qualidades, dentre elas a lealdade sem fim aos que ama, e acho patético as críticas ao relacionamento dele com a Hermione pelo fato dele nunca ter sido um intelectual, ou amante dos estudos. Eu como feminista e apaixonada pelo casal Ron/Hermione, amei demais seu texto, está maravilhoso, e me fez pensar por esse ponto de vista, afinal eu já detestava esse tipo de crítica à vida amorosa da Hermione mas nunca tinha percebido que as críticas, em sua maioria, eram feitas por essa ótica do preconceito. Amei. 🙂
Sobre Harry Potter:
http://www.drpepper.com.br/tirinhas/1033.gif
Exatamente.
Quando duas pessoas vivem brigando
Costumam dizer estes ainda vão se casar
Pq será? será pq mulher gosta?
“Nem toda mulher gosta de apanhar só as normais”
Acho ridículo as pessoas acharem que status ou intelectualidade se sobrepões a lealdade e companheirismo. Ron nunca foi burro (basta ler os livros pra saber), uma pessoa gênio em xadrez é burra? Ele sempre defendeu Hermione de qualquer pessoa que fosse, ele era a pessoa que mais se importava com ela. Ele nunca foi inferior a ela. Acho que feminismo tem limite, pois certos comentários quiseram denegrir o personagem Ron. E isso não foi uma decisão em cima da hora. Ron e Hermione tiveram sua história ao longo dos 7 livros. Harry nunca foi superior a ele, tinha uma fama que não era seu mérito próprio. E quem disse que uma mulher inteligente não pode ser feliz e cadasa? Tem q ser solteira pra mostrar que “ninguém a merece”? Isso sim é idiotice. E Ron não vira empregado do irmão, ele vira Auror (cargo mt estimado). Quando se ama, que se dane o status. Todos merecem ser felizes ao lado de quem nos quer bem. E Ron sempre gostou mt dela e amadureceu ao longo do tempo. E Hermione nunca foi uma santa sem pecado, no sexto livro ela foi bastante invejosa.
Pessoas que não aceitam Hermione com Ron (o que são minoria) são pessoas que só viram os filmes e não leram os livros e não conhecem os personagens direito. Eu me considero feminista e mesmo assim adoraria ter um cara igual ao Ron, que cuide de mim e que seja leal e companheiro.
[…] É possível encontrar pesquisas e matérias que associam educação feminina com dificuldade para se casar como se houvesse necessariamente uma oposição entre casamento e educação feminina. Nem mesmo Hermione Granger, da série Harry Potter, escapou de ter suas escolhas afetivas julgadas por conta de sua inteligência. […]