- Sabe aqueles e-mails enormes pretensamente descritivos que ridicularizam as atitudes das mulheres? Pois a escritora Juliana Foster deu o troco e descreveu os homens perfeitamente. Não sei se é mais engraçada a parte das deficiências sensoriais ou da doença, ou dos acidentes, da cozinha… vale a pena ler o artigo todo, e rir um pouco. [via Carla Rodrigues]
- Debora Secco dando palpites na vida conjugal da amiga Juliana Paes, se esquecendo de que cada casal tem suas próprias formas de organização e distribuição de tarefas. Lamentável. [via Colectivo Feminista]
- Lolita mostra que uma situação simples como diminuir as casas para botões evidencia o quanto ainda vivemos um cotidiano machista.
- Denise (de visual novo) mostrando o ensaio absurdo da Vogue que usou pessoas miseráveis como modelos de peças caríssimas, e ainda incentiva o consumo irresponsável.
Cynthia, quero escrever sobre isso de ser anti-feminista, pois me parece que a Deborah Secco não se dá conta que ser anti-feminista é ser machista.
Lembrei de outra coisa: é muito fácil ser anti-feminista quando se almoça fora todo dia ou quando se tem empregada pra fazer a comida, até porque ela mesma já disse que não sabe cozinhar.
Queria ver se ela ia ter o mesmo pensamento, se fosse dona de casa. Ou se além de trabalhar fora ainda tivesse que lavar, passar, cozinhar, realidade de milhões de mulheres no Brasil.
eu ia comentar isso mesmo: essa debora, ela mesma, falou que ela é “anti-feminista”! o que será que ela pensa que seja isso, ser “anti-feminista”??
que burra.
Desculpe, colocar um link aqui, mas fiz um post sobre a Deborah Secco e suas declarações, se quiser conferir:
http://universonosdois.wordpress.com/2008/09/16/sou-feminista/
Precisamos cada vez mais nos unir é desde Deborah Secco até Sarah Palin, tá difícil.
Feminismo = Machismo
Só mudando a origem do ponto de vista.
Para mim é algo lógico pensar que mulheres têm mais facilidade para executar atividades específicas, assim como o homem. Mas isso não porque “isso é coisa pra mulher fazer” ou “Isso é trabalho pra homem”, mas por uma mera questão genético-estrutural.
Em um post mais antigo, a respeito dos padrões de beleza, você fala de 8 ou 80.
O meio termo devia ser algo a se buscar para tudo!
Precisa fazer o almoço? Que faça quem tem mais habilidade/facilidade, INDEPENDENTE de ser homem ou mulher.
Precisa costurar um botão? Que faça quem tem mais habilidade/facilidade, INDEPENDENTE de ser homem ou mulher.
Eu sei costurar e fazer tricô, mas minha mãe tem, graças a genética, uma exímia habilidade para tal atividade. Hoje se eu precisar costurar/tricotar COM CERTEZA a procurarei, não por ser mulher, mas por deter maior habilidade. Afinal, não quero o melhor e ELA é a melhor.
Por outro lado, se eu quiser dar um jantar para amigos, irei pedir ajuda à meu pai. Não por ser homem, mas por ter uma destreza culinária como poucos.
Lila, é isso mesmo: é muito fácil ser anti-qualquer-coisa quando tem alguém pra fazer o trabalho pesado. E estou indo lá ler seu post.
lu, acho que o anti-feminismo dela é aquele de valorizar a feminilidade como sinônimo de delicadeza, submissão e cuidados domésticos. argh.
Hugo, machismo é a opressão dos homens sobre as mulheres. Feminismo é a luta para que as mulheres tenham igualdade com os homens. Não estamos falando de oprimir homens, por exemplo, ou sermos melhores que eles; queremos igualdade de oportunidades e de condições de vida.
O que você chama de habilidade genética eu chamo de treinamento forçado desde a infância. Aprendi a cozihar aos 7 anos de idade, enquanto homens costumam aprender a cozinhar apenas quando vão morar sozinhos. Obviamente, eu tenho mais habilidade que a maioria deles na cozinha. Genética? Não! Treinamento diário na beira do fogão por anos e anos a fio.
E quando você diz que quem tem de fazer as tarefas domésticas é quem tem mais habilidade, a seguir esse sistema de aprendizado desde a infância, as tarefas recaem para as mulheres já que homens, nesse aspecto, são minoria. Portanto, esse discurso, embora tenha a aparência de neutralidade e divisão de tarefas (pois está focado no critério “habilidade”), acaba reforçando a imposição do trabalho doméstico às mulheres.
Tô ficando sem paciência: Hugo, vá dormir, vai. Ou melhor: vá pregar botão.
Em compensação, o artigo da Juliana sobre os homens é divertido e certeiro.
http://www.escrevalolaescreva.blogspot.com
Lola, a cada vez que leio o artigo da Juliana, acho mais graça nele 🙂