Ontem eu não conseguia acessar minha conta bancária, pois o site estava lentíssimo. Estive numa agência física, lotada, e o sistema estava em modo tartaruga. No fim do dia, descobri que o banco do brasil fez a gracinha de trocar de nome, numa fa-bu-lo-sa ação de marketing que estimulou a curiosidade das pessoas e fez o tráfego no site crescer 275%.

Não sei se é pior imaginar que o site do banco foi invadido, achar que a lentidão era efeito do fim de ano (foi o meu caso) ou fazer o milagre de saber que se tratava de ação de marketing divulgada em televisão, jornais e revistas. Eu não assisto televisão, não leio jornais e raramente leio revistas (aliás, a única revista que eu lia infelizmente não é mais editada), e não vi nada na net (minha fonte primária de informação) informando dessa liiiinda ação de marketing mirabolante.

O banco alega que quer se identificar com os clientes. Então que pensassem em alguma coisa decente pra parcela de clientes que não tem paciência pra televisão, jornal e revistas. Ah, e da próxima vez, deveriam pensar em fazer algo fora dos dias mais tumultuados do ano, que incluem feriados prolongados, festival de consumo desenfreado e festas chatas. Afinal, na última quinzena de dezembro todo mundo tem mais coisas pra fazer do que se preocupar com propaganda de banco. E no primeiro dia útil do ano, todo mundo precisa mais dos serviços do banco do que de um fru-fru que tumultua mais ainda o serviço. Quem discorda é porque não esteve em uma agência lotada de idosos, com um sistema lento, onde ninguém nem mencionava o “brilhantismo” do banco do joão, pois estava mais preocupado em saber se conseguiria sacar dinheiro sem ficar uma hora na fila.

Fiquei muito irritada com essa “estratégia”, pois pago tarifas absurdas é pro banco guardar meu dinheiro, não é pra me impedir de usar o meu dinheiro. Que usassem o dinheiro dessa ação ridícula na diminuição das tarifas, ou na abertura de novas agências. Não adianta ter “banco da cynthia” se a cynthia não pode usar o banco. Humpf.