Como tenho recebido muitos xingamentos aqui no blog e até via twitter por causa de uma confusão com um artigo publicado no site de Luis Nassif, achei melhor escrever este post pra registrar o que ocorreu e evitar mais problemas.
Meu post “O Globo contra Letícia Fernandez, eu e você” foi publicado no dia 01/09 no site do Luis Nassif com autoria creditada a outra pessoa:
Soube dessa publicação na manhã do dia 02/09. Como sempre faço, tento resolver a situação por e-mail, sem expor publicamente a pessoa. Percebi que Luis Nassif estava online no twitter, e avisei que havia enviado um e-mail para ele. Luis Nassif preferiu resolver a situação em público, me pedindo para passar as informações corretas. Pouco depois, me enviou o seguinte print-screen:
Não concordei com a alteração, pois parecia que o meu artigo tinha co-autor, e porque não foi colocado link para o meu blog, reforçando a impressão de que se tratava de co-autoria.
http://twitter.com/#!/semiramis/status/109637209828765696
Luis Nassif preferiu apagar o post:
http://twitter.com/#!/luisnassif/status/109639527735377921
Eu lamentei, decepcionada:
http://twitter.com/#!/semiramis/status/109640082788593665
Após essa discussão, meu blog passou a receber diversos comentários me xingando por não ter aceitado os termos de Luis Nassif. Dentre os xingamentos, além dos machismos de sempre (feia, mal-comida), um dos mais usados é feminazi, tornado popular graças a uma publicação equivocada de Luis Nassif, que foi o primeiro jornalista sério a divulgar esse termo.
Não é de hoje que o sistema de publicação de Luis Nassif dá margem a confusão, tanto em termos de conteúdo (como ocorreu quando ele divulgou o termo feminazi) quanto em termos de creditar corretamente a autoria dos artigos.
É uma pena que Luis Nassif não tenha vontade de consertar o sistema de publicação que gera tantas críticas, além de reagir mal quando apontamos as falhas. Isso acaba depondo contra o jornalismo que ele pratica, se aproximando mais da atuação da grande mídia que nós – ele, inclusive – tanto criticamos.
Bom, não é de hoje que o Nassif se mostra bastante arrogante e faz parte da ‘esquerda’ que não inclui e não tem interesse de incluir feministas. Como sabemos, muitos ‘esquerdistas’ acham o feminismo uma luta de segunda classe, não tão importante. Ah e é claro, esses ‘esquerdistas’ dizem que não ter discursos machistas.
Vai ver foi até melhor apagar mesmo, Semíramis, vai que mais pra frente dá um problema igual do caso feminazi. Do blog do Nassif eu to longe!
Só consigo dizer: Hã?
Cynthia,
honestamente, foi ELE quem perdeu!. Eu conheci seu blog por intermédio de um amigo há cerca de um Mês e desde então tenho te acompanhado sempre que posso, inclusive lendo matérias antigas. vc é ótima! Traz reflexões super atuais e importantes. De verdade, foi um abuso a maneira equivocada como ele pôs a questão da sua autoria, isso é crime!.
Parabéns pelo seu trabalho!
Um grande beijo!.
Quem acompanha o blog do Nassif sabe que quando aparece um “Por Fulano”, não quer dizer que foi o fulano que escreveu, pode ser que foi o fulano que indicou o conteúdo. Gera uma certa confusão, mas dá para avaliar pelo contexto a autoria correta. Para fazer a alteração que você pedia ele teria que mudar o formato do blog dele, creio que ele julgou que seria menos trabalhoso despublicar o post.
PS: não creio que o Nassif seja de esquerda.
André, não é de hoje que esse sistema do Nassif é criticado por causar problemas de interpretação. As reclamações são constantes, e ele não se importa nem age para mudar o sistema, o que é lamentável. E temos de lembrar que ninguém tem a obrigação de ser leitor constante do site pra ler um ou outro artigo e entender de cara o contexto ou a loucura que é atribuir autoria a quem indica o texto. Em hipótese alguma alguém que indica um texto pode ser considerado autor do artigo.
E por mais que o Nassif não seja pessoalmente de esquerda, o portal dele acabou virando referência para a esquerda brasileira. É nesse sentido que uso o termo esquerda para me referir a ele.