apoio Daniela Cicarelli

Daniela Cicarelli estava curtindo as férias com o namorado Renato (Tato) Malzoni Filho. Fizeram o que muita gente já fez, e muita gente gostaria de fazer: sexo na praia. Deram azar de ter um paparazzo por lá, que filmou tudo, editou como bem quis, e distribuiu. Depois, o vídeo foi divulgado e discutido em toda a internet, jornais, etc.

Nos diversos comentários que li sobre o assunto, uma constatação chata: parece que apenas a sexualidade feminina deve sofrer controle social. Só se fala na Daniela, no quanto ela se expôs, que ela deveria ter se segurado, que ela é uma *insira aqui seu xingamento favorito para uma mulher que exerce sua liberdade sexual sem se preocupar com a opinião dos outros*. Até o ex-sogro (isso é grau de parentesco?) acha que pode interferir na vida sexual da Daniela, como se ela não tivesse vontade própria, ou devesse explicações a ele.

Mas… e quanto ao Renato, o namorado da Daniela? Ela não estava fazendo sexo sozinha, né? Por que o rapaz não recebeu nenhum conselho ou crítica ainda? Dois pesos e duas medidas… nem venham dizer que a celebridade é ela, blablablá. Quando o Chico Buarque (celebridade igual a Daniela) foi fotografado na praia com uma mulher desconhecida do público (ou seja, não-celebridade, igual ao Tato Malzoni), a vida dela foi devassada, descobriram que ela era (ainda é?) casada, e fizeram um escândalo sobre o assunto.

Antes que achem que eu quero que todo mundo tenha a vida controlada, e não só as mulheres, já vou esclarecendo: NÃO É NADA DISSO. Que tal cada um cuidar da sua vida, parar de usar dois pesos e duas medidas, e deixar de vigiar se o comportamento de X ou Y, homem ou mulher, está de acordo com sua cartilha?

Pra finalizar, concordo plenamente com a Denise, que está centralizando a campanha pró-Daniela e uma excelente discussão sobre o assunto:

Pra quem não entendeu, isso não é, simplesmente, um apoio à Daniela, mas solidariedade com todas as mulheres que ainda não podem exercer sua sexualidade com quem quiser, do jeito que quiser, quando quiser, sem ser “etiquetada” de vagabunda!

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