foto da SofiaSegundo minha irmã, Sofia é uma lady. Outras pessoas que a conhecem sabem que ela é dócil, se aproxima de estranhos sem medo, e é muito dengosa. Poucos acreditam que ela também é uma fera quando contrariada.

Ano passado ela não queria ir ao veterinário, e eu ganhei uma mordida, com direito a dentinhos bem marcados na pele, vacina e cuidados especiais para não infeccionar. Algum tempo depois, a dócil gatinha precisou fazer exame de sangue, e o veterinário, mesmo depois de cortar as unhas dela por precaução, perdeu sangue também. Pra fazer ultrassom, Sofia ganhou botinhas de esparadrapo (as unhas já estavam cortadas) e foram necessárias 3 pessoas: uma com o aparelho, e duas pra segurar a mocinha que não parava quieta de jeito nenhum. Até hoje ela bate nos filhotes bagunceiros (maiores e mais robustos que ela), com a tranqüilidade e leveza de quem brinca com bolinhas de papel de seda.

Por causa desse passado, quando finalmente conseguimos marcar a castração da Sofia para uma semana sem cio, avisamos na clínica que ela fica agressiva quando contrariada, e que era de se esperar alguns conflitos antes da cirurgia. Afixaram na caixa de transporte um adesivo escrito “brava”. Quando fomos buscá-la, a veterinária fez questão de falar que ela é um doce, que abriu a caixa esperando a “brava” e Sofia veio toda dengosa, fazendo purr e virando a barriguinha pra receber carinho!

De repente, entendi as motherns descrevendo o constrangimento gerado pela Síndrome do Sapo Cantor